Jornal O Impacto - Guararapes e Região

Frio mata mais de 1,5 mil cabeças de gado no MS

 

Gado morto pelo frio no MS deve ser enterrado ou incinerado / foto Iagro


Já passa de 1.530 o número de cabeças de gado que morreram de frio no Mato Grosso do Sul desde a quarta-feira (14). A informação é da Agência Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Iagro). O governo investiga a causa da morte de outras 219 cabeças no estado.

Ao g1, o vice-presidente da Iagro disse que a maior concentração de animais mortos é registrada no Pantanal. O prejuízo deve passar dos R$ 3 milhões aos produtores rurais.

No sábado (17), a Iagro foi notificada sobre a morte de outras 33 cabeças de gado em uma fazenda em Caarapó (MS), a 237 quilômetros de Campo Grande. O mesmo aconteceu em uma propriedade de Corumbá, que notificou a morte de outras 186 cabeças de gado. Equipes da instituição estiveram nas propriedades e realizaram exames para confirmar se a causa das mortes seria por hipotermia.

Caso seja confirmada, o número de animais de diversas fases de vida, de bezerros a fêmeas, e bois adultos, mortos pelo frio no estado, deve passar de 1.750. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que na madrugada desse domingo (18), a cidade de Maracaju registrou mínima de 4,8°C, sendo a mais baixa do estado.

O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, explica que o gado é mais adaptável ao clima quente e a queda brusca de temperatura deixa os animais mais expostos. Ingold afirma que o número de animais mortos em Mato Grosso do Sul pode ser ainda maior.

"O que aconteceu agora é uma inversão. Os animais que estão com o corpo quente estiveram expostos a uma temperatura muito baixa. Com umidade elevada, vento e frio, fica mais difícil dos animais resistirem", explicou.

Daniel Ingold comenta que a maior parte das mortes ocorreu em locais com escassez de pasto e ausência de abrigos naturais ou até mesmo artificiais. O agravamento da hipotermia no gado também pode estar relacionado a baixo estado nutricional dos animais e pouca disponibilidade de pastos.

O especialista faz o alerta: "de jeito nenhum os animais mortos devem ser comercializados. O animal tem que ser cremado ou enterrado".


Postagem Anterior Próxima Postagem

SICOOB

Jornal O Impacto - Guararapes e Região

SUPERMERCADOS JORDÃO

Jornal O Impacto - Guararapes e Região

RIGUETI AUTO PEÇAS

Jornal O Impacto - Guararapes e Região