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Mais de 40 ciclistas são acidentados com gravidade por dia

 


Em 19 de agosto, celebra-se o Dia do Ciclista, data criada com o intuito de reforçar o respeito a esse público. O dia é uma homenagem ao ciclista Pedro Davison, que morreu em 19 de agosto de 2006, em Brasília, depois de ser atropelado por um motorista que dirigia em alta velocidade e embriagado.

E as estatísticas de acidentes envolvendo ciclistas são alarmantes. De acordo com o DataSUS, de janeiro a junho deste ano, o Sistema Único de Saúde contabilizou 7.296 internações de ciclistas, uma média de 40 registros por dia. No mesmo período, 152 pessoas perderam a vida. Isso gera ao SUS um gasto aproximado de R$ 15 milhões por ano.

Seja como meio de transporte ou para lazer, o fato é que a bicicleta tem conquistado cada vez mais espaço e, em quedas, o ombro é uma das articulações mais acometidas, sendo a fratura da clavícula muito comum.

“A clavícula é um osso longo situado na região anterior do ombro, que conecta o membro superior com o esqueleto axial - que consiste nos ossos da cabeça, do pescoço e do tronco. Com pouca cobertura de tecido gorduroso ou muscular, a clavícula é um osso superficial, sendo facilmente visualizado e palpado, e sua exposição e falta de proteção a tornam suscetível a fraturas”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo.

A recuperação desse tipo de lesão demora de 12 a 16 semanas. “Há alguns casos em que o tempo de recuperação pode ser maior por retardo de consolidação. Isso acontece quando há um atraso no tempo para a fratura ‘colar’, chamado de pseudoartrose. Fraturas da clavícula com mais de seis meses de evolução e sem sinais de consolidação podem estar nessa condição e, geralmente, precisam de tratamento cirúrgico”, pontua.

O presidente da SBCOC lembra que, melhor que remediar, é prevenir. “Que não só nessa data específica, mas diariamente, a importância da segurança e do respeito às leis de trânsito seja propagada e, mesmo que utilizando a bicicleta para o lazer, em ambientes como parques, por exemplo, os cuidados sejam tomados, como atenção ao conduzir e o uso de equipamentos de proteção: utilização correta de capacetes, cotoveleiras e luvas, tanto os adultos quanto as crianças”, conclui.


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