Dados recentes da Organização
Mundial da Saúde apontam elevada incidência de hemorroidas na população
brasileira – atinge cerca de 50% da população a partir dos 50 anos. Estima-se
que, a cada ano, por volta de 25 mil pessoas sejam operadas no SUS (Sistema
Único de Saúde).
Mas, por que acomete tantas
pessoas? É possível prevenir? Qual o melhor tratamento? Todos os casos devem
ser tratados com cirurgia?
Para esclarecer todas as
questões, a especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Colégio
Brasileiro de Cirurgia Digestiva e proctologista da Prime Care Medical Complex,
dra. Renata Colaneri, explica todos os detalhes desta condição.
“As hemorroidas são veias da
região do reto e do ânus, que ao dilatar podem provocar desconforto, dor,
coceira ou sangramento vermelho vivo. Entre os principais fatores de risco para
a doença hemorroidária estão: intestino preso ou episódios recorrentes de
diarreia; permanecer sentado no vaso sanitário por longos períodos; obesidade;
gestação; esforços físicos intensos e recorrentes (como carregar objetos muito
pesados ou levantamento de peso, por exemplo), além da idade”, comenta a
especialista.
Há três tipos de tratamento para
hemorroidas: clínico, pouco invasivo e cirúrgico. O clínico, através da
regularização do hábito intestinal, com mudanças no estilo de vida e dieta
adequada. Cuidados de higiene no local e banhos de assento melhoram os sintomas
hemorroidários. Para os períodos de maior desconforto, as pessoas podem
utilizar pomada, supositórios e até medicações via oral.
Já os tratamentos pouco invasivos
são feitos por meio de ligadura elástica – indicada em fases iniciais da doença
– e de escleroterapia, que consiste na injeção de uma medicação nas veias
hemorroidárias dilatadas, por meio da anuscopia.
A novidade nesse tratamento é a
utilização de espuma, que garante máxima eficácia com técnicas avançadas para a
rápida recuperação do paciente. É praticamente indolor e realizado sem
anestesia. Não é preciso cirurgia ou ir a um hospital, já que pode ser feito em
consultório.
O benefício da nova técnica, que
tem uma duração de 10 minutos, é bloquear o fluxo sanguíneo para a hemorroida,
fazendo com que ela diminua e, eventualmente, desapareça.
"A espuma já tem sido muito
utilizada para o tratamento das varizes, com ótimos resultados e segurança. As
hemorroidas são veias dilatadas, ou seja, também são um tipo de varizes e
respondem muito bem ao tratamento com espuma, quando bem indicado”, garante o
cirurgião vascular Vitor Gornati.
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