Um advogado de
42 anos teve que passar por uma cirurgia de emergência em virtude dos
ferimentos causados pelo covarde espancamento que sofreu de aproximadamente 15
seguranças do Rio Preto Country Bulls.
As agressões
aconteceram na noite de quinta-feira (11), dia em que ele e a esposa, a arquiteta
Maria Helena Thomé Grisi, decidiram ir ao local comemorar sete anos de
relacionamento.
“Era para ter
sido uma noite festiva para nós dois. Aniversário da filha dele e o nosso
aniversário de namoro de sete anos. Está caindo toda a ficha agora, ele está
muito abalado. O trauma foi gravíssimo, ele não consegue entender, assimilar
tudo. Está muito difícil. Eu quero Justiça”, pede a mulher.
A filha do
advogado completou 10 anos no domingo, mas ele não pode comparecer porque, até
agora, continua impossibilitado de retomar a sua rotina em virtude dos sérios
traumas físicos causados pelo espancamento.
De acordo com
o boletim de ocorrência, na saída da festa a vítima parou para usar o banheiro.
Contudo, como os sanitários do evento estavam ocupados, ele se aproximou de um
muro para urinar.
Nesse momento,
conforme o relato da esposa, cerca de 15 seguranças da festa o cercaram e
começaram a agredi-lo com chutes, socos e golpes de cassetete. A esposa da
vítima presenciou as agressões e pediu para que os suspeitos parassem, mas não
foi atendida.
Maria Helena
ainda disse que as agressões duraram 15 minutos. Ela acionou o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para socorrer o marido, que foi levado
para o Hospital Beneficência Portuguesa.
Na unidade de
saúde, foram constatadas hemorragia abdominal interna total, perfuração da
bexiga e em parte do intestino, além de ferimentos pelo corpo todo. Foi
necessário colocar uma sonda e um dreno na barriga da vítima.
“Em questão de
uma hora, ele precisou fazer uma cirurgia, porque começou a perder muito
sangue. A cirurgia demorou mais de cinco horas. Foram vários pontos no abdômen
todo. Eles (os seguranças) estavam lá para proteger e não para fazer o que
fizeram. Eles foram monstros”, lamenta a esposa.
Apesar da extrema
violência e covardia, o caso está sendo tratado pela Polícia Civil como lesão
corporal.