Eleitores
dos EUA foram às urnas nessa terça-feira (5) e elegeram Donald Trump como o
novo presidente e sucessor do democrata Joe Biden no comando da Casa Branca.
As projeções apontam até o
momento o republicano com 277 votos do Colégio Eleitoral, mais do que os 270
necessários para vencer a eleição.
Antes mesmo da vitória oficial,
Trump discursou para seus apoiadores na Flórida e declarou vitória, dizendo que
vai "curar" os Estados Unidos.
Além da Presidência do país, os
eleitores americanos também votaram para eleger assentos na Câmara dos
Deputados, no Senado e também cargos de governador nos Estados.
Segundo uma projeção da CBS,
parceira da BBC nos EUA, o Partido Republicano deve assumir o controle do
Senado americano e também tem vantagem na disputa pela maioria na Câmara.
NOVO GOVERNO
O novo governo prometeu aumentar
o corte de impostos, reduzir a inflação, recuperar a indústria americana e
adotar políticas duras contra produtos chineses. A campanha também foi marcada
por promessas de realizar a maior deportação de estrangeiros da história
americana e fechar as fronteiras para imigrantes.
Trump garantiu também que
pretende reformular a participação dos EUA em alianças tradicionais, como a
Otan, e realinhar o país em termos de comércio e geopolítica. Sem detalhar, ele
disse que, se eleito fosse, acabaria "rapidamente" com a guerra entre
Ucrânia e Rússia.
XENOFOBIA
Assim como no primeiro mandato, o
discurso xenófobo foi um dos pilares da campanha de Donald Trump. Em vários
momentos, ele chegou a citar a "Lei dos Inimigos Estrangeiros", de
1978, para defender uma deportação em massa de imigrantes.
Questões como imigração e
políticas de direitos civis provavelmente serão ainda mais polarizadas, já que
Trump se sente empoderado pela sua base.
Especialistas em relações
internacionais temem que a eleição de Trump ignore convenções democráticas, aumentando
o grau de tensão entre os próprios americanos.