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Policiais ambientais são acusados por morte de pescador na região

 

      A Policia Civil está investigando a verdadeira causa da morte por afogamento do operador de máquinas Manoel Martines Mendes (foto abaixo), de 30 anos, ocorrida no dia 22 de outubro, em Palestina, na região de São José do Rio Preto (SP).

        Manoel estava pescando perto de uma cachoeira muito conhecida naquela região e, na versão da Polícia Ambiental, ao perceber a aproximação dos militares, ele pulou no rio para não ser autuado por pesca ilegal e acabou morrendo por afogamento.

         Ainda de acordo com o que foi divulgado pela PM Ambiental, um drone da corporação filmou Manoel Mendes e outros dois homens pescando ilegalmente, o que desencadeou a ação policial. A vítima pulou no rio, um outro homem fugiu pela mata, mas foi capturado momentos depois, e um terceiro pescador decidiu aguardar os PMs.

         No entanto, um quarto pescador que não teria sido notado pela PM Ambiental, disse em depoimento na delegacia que estava do outro lado da margem do rio e viu quando os policiais abordaram, espancaram e jogaram Manoel Mendes no rio, que naquele momento estava com forte correnteza. O corpo só foi encontrado dois dias depois pelo Corpo de Bombeiros.

      A denúncia da suposta testemunha causou reviravolta no caso, que de afogamento acidental passou a ser investigado como homicídio causado por policiais militares. A PM Ambiental nega essa versão do denunciante. 

Cachoeira do Talhadão, em Palestina, local do afogamento de Manoel Martines Mendes / Reprodução


PESCA ILEGAL

       A legislação brasileira proíbe a pescaria em águas próximas de cachoeiras para preservar o ciclo natural de desova dos peixes e, também, a integridade física dos pescadores.

  Cachoeiras e barragens atuam como obstáculos naturais que impedem a migração de peixes rio acima. Isso faz com que os cardumes se concentrem em grandes quantidades nas poças e corredeiras abaixo, tornando-os extremamente vulneráveis à sobrepesca e à predação excessiva.

Além disso, muitas espécies de peixes se reúnem nessas áreas para desovar, e a pesca perturbaria esse processo biológico para a manutenção da vida subaquática.

A proibição também visa evitar acidentes, uma vez que pedras e madeiras comumente existentes nesses locais são escorregadias, podendo causar quedas, tendo como consequências ferimentos leves a graves e, não raramente, afogamentos.

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