- Ediwilson dos Santos –
O coração de Dom Pedro I chegou
ao Brasil nessa segunda-feira (22), transportado por uma aeronave da Força Aérea
Brasileira (FAB), que aterrissou na base militar de Brasília por volta das 10h.
Conservado em formol há 187 anos, é a primeira vez que o órgão sai da cidade do
Porto, em Portugal.
Nesta terça-feira (23), haverá
uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair
Bolsonaro (PL). Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a partir de 25 de
agosto, o órgão fica exposto, no Palácio do Itamaraty, até 5 de setembro, e
retorna a Portugal no dia 8.
Esta não é a primeira vez que
restos mortais de Dom Pedro I são apresentados nas comemorações da
Independência do Brasil. Em 1972, durante a ditadura militar, parte da ossada
do imperador foi exposta em várias cidades brasileiras.
Dom Pedro I foi o primeiro chefe
político do Brasil e responsável por declarar a independência da nação, no dia
7 de setembro de 1922, quando ele tinha 23 anos e era Príncipe Regente.
Ele foi coroado Imperador no dia 1º
de dezembro de 1922 e manteve o seu reinado até 7 de abril de 1831, quando renunciou
ao trono e retornou à Europa para liderar tropas contra insurgentes do reinado
da sua filha mais velha, D. Maria da Glória, esmagando a revolta e devolvendo a
paz e a soberania à Corte Portuguesa.
Apesar do porte físico atlético,
durante a guerra contra os revoltosos D. Pedro I contraiu tuberculose e morreu
no Palácio de Queluz, no dia 24 de setembro de 1934, aos 35 anos.
Os restos mortais dele estão sepultados na
cripta imperial, no Parque da Independência, em São Paulo.
O tenente-brigadeiro da FAB Heraldo Luiz Rodrigues, nascido em Mirandópolis e com raízes em Guararapes, participou da recepção ao coração de D. Pedro I