Investigações encontraram também farto material na residência do médico com cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes
O anestesista colombiano Andres Carrillo após ser preso por policiais na Barra da Tijuca / foto internet
- da Redação –
A
Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta segunda-feira (16), o médico
anestesiologista colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo, de 32 anos, acusado
de estupro de vulnerável e de armazenar fato material de vídeos de sexo
envolvendo menores de idade. A prisão aconteceu na casa do acusado, na Barra da
Tijuca.
Andres
Carrillo é acusado de estuprar pacientes sedadas, sem capacidade de reação, enquanto
elas estavam sendo submetidas em cirurgias, em hospitais das redes pública e
particular.
“Quando
vimos, logo de início, tratamos como casos de estupro, partindo do princípio de
que ele mesmo teria produzido (o vídeo). Mas precisávamos avançar na
identificação das vítimas e materializar os crimes. Pelos metadados (informações
detalhadas) dos vídeos, certificamos a localização do suspeito no ato da
gravação, identificando os hospitais e descobrindo os dias. Aí partimos para a
tentativa de descobrir as mulheres ali sedadas. Com as listas de pacientes
operados nos dias, fomos buscando características físicas e eliminado
possibilidades até chegar às pacientes”, explicou o delegado Luiz Henrique
Marques.
Um dos casos descobertos aconteceu
no dia 15 de dezembro de 2020, no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de
Nazareth, na cidade de Saquarema, na Região dos Lagos, durante a realização de
uma cirurgia de laqueadura.
Já no dia 5 de fevereiro de 2021,
outro estupro foi cometido na sala de cirurgia do Complexo Hospitalar
Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, durante um procedimento para retirada de útero.
O colombiano também foi indiciado
por produção e armazenamento de cenas de abuso infantojuvenil. Foram
encontrados nos equipamentos eletrônicos dele mais de 20 mil arquivos com
imagens de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes. “A análise do
material chamou a atenção pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam
até bebês com menos de um ano de vida”, informou a polícia, em nota.
Os próximos passos da
investigação incluem levantar todas as unidades em que o médico trabalha para
encontrar novas possíveis vítimas, além de analisar o material apreendido.