Pedrinho Matador viveu os seus últimos anos de vida concedendo entrevistas e comentando crimes no Youtube
- Ediwilson dos Santos –
O
assassino em série Pedrinho Matador, de 68 anos, foi morto a tiros e teve o
pescoço parcialmente degolado na manhã de ontem (5). O crime aconteceu por
volta das 9h50, quando o criminoso estava sentado em uma cadeira, na frente da
casa de um familiar, em Mogi das Cruzes, com uma criança no colo.
De
acordo com essa parente de Pedrinho Matador, um carro preto foi visto passando
pelo local uma hora antes. Depois, eles passaram novamente, pararam o veículo e
dois homens armados e usando máscaras desceram, mandaram a mulher pegar a
criança e entrar para casa, dizendo “isto não tem nada a ver com você”.
Ao
entrar em sua casa com a criança, a mulher disse ter ouvido vários disparos e
em seguida outro morador, tio de Pedrinho, saiu da casa e encontrou o sobrinho já
morto, com tiros e um profundo ferimento a faca no pescoço.
O carro
usado pelos criminosos foi localizado pela polícia alguns minutos depois, abandonado
em uma estrada de terra, com um galão de gasolina e projéteis de pistola intactos
no assoalho. Até o fechamento desta matéria, às 10h40 desta segunda-feira (6), ninguém
havia sido preso.
HISTÓRICO DE CRIMES
Pedro
Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador, gabava-se de ter matado mais de 100
pessoas, a maioria, segundo ele, “gente ruim e covarde”. A maior parte das
vítimas foi morta dentro do sistema prisional. “Já matei a tiros, a facadas, a
pauladas e com as mãos”, afirmava ele.
Pedrinho Matador foi preso pela
primeira vez em 1973, quanto tinha 18 anos e já era um dos mais temidos
bandidos de São Paulo. O primeiro assassinato que se tem notícia de que ele
cometeu foi em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, aos 14 anos de idade.
Ele matou a tiros o então prefeito da cidade, que tinha demitido seu pai como
vigia de um colégio municipal. Dalí em diante ele não parou mais de matar.
Sua última ação nas ruas
aconteceu em 1973, quando ele invadiu uma festa de casamento e, para vingar a morte
da sua companheira, mandou a sua quadrilha matar todos os homens. Mulheres e
crianças foram poupadas. Na contagem final da chacina, seis homens foram
assassinados e 16 ficaram feridos a tiros.
Na Casa de Detenção de Taubaté
(SP), onde passou os últimos 17 anos no cárcere, Pedrinho Matador vivia isolado
dos demais presos, por ser considerado de altíssima periculosidade para a vida dos
próprios detentos.
Ele foi libertado pela Justiça em
2013, depois de cumprir 40 anos de prisão, e passou a ser comentarista de crimes
em um canal do Youtube.
A vida de Pedrinho Matador foi
contada aqui, no jornaloimpacto.com.br, na série especial “Crimes
que Abalaram o Brasil”, no dia 20 de fevereiro, e pode ser revista no link que
segue: https://www.jornaloimpacto.com.br/2023/02/pedrinho-matador-o-maior-assassino-da.html