Ela cumpria pena pela morte da enteada Isabella Nardoni, de apenas cinco anos, que morreu após ser jogada de um prédio em SP
Anna Jatobá deixa o presídio de Tremembé em saída temporária de 2019 / imagem da InternetAnna Carolina Jatobá, presa desde
2008 pela morte da enteada Isabella Nardoni, foi solta na noite dessa
terça-feira (20), após a Justiça conceder progressão para o regime aberto. Ela
cumpria pena há 15 anos e, atualmente, estava em um presídio de Tremembé, no
interior de São Paulo.
O G1 apurou que a decisão que
concedeu progressão para o regime aberto foi assinada pela juíza Márcia
Domingues de Castro, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
Jatobá progrediu para o regime
semiaberto em 2017 e, desde então, era beneficiada com as saidinhas
temporárias. As atividades fora do presídio, no entanto, eram discretas e
raramente ela era vista nas ruas.
O Ministério Público, por meio do
promotor criminal Paulo José de Palma, de Taubaté, informou ao G1 que vai
recorrer da decisão da Justiça, para que Jatobá retorne ao regime fechado.
No regime aberto, o condenado
cumpre pena fora da prisão e pode trabalhar durante o dia. À noite, deve se
recolher em casa de albergado, ou em outro endereço previamente autorizado pela
Justiça.
Crime
Anna Carolina e Alexandre Nardoni
foram condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni em março de 2010, mas
estavam presos desde 2008. O caso aconteceu na noite do dia 29 de março de
2008, quando a menina de apenas cinco anos foi jogada pelo pai e pela madrasta
da janela de um apartamento na capital.
Isabella caiu do sexto andar do
apartamento onde morava o casal Nardoni, no Edifício London. Para a
investigação, porém, não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. A
menina foi agredida e, achando que estava morta, foi arremessada.
O pai foi condenado a mais de 30
anos de cadeia e a madrasta a 26 anos de prisão, cumprindo pena na
Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP).
Jatobá trabalhou como costureira na penitenciária no interior de São Paulo e conseguiu reduzir a pena. Em 2017, ela progrediu ao regime semiaberto e, desde então, era beneficiada com as saidinhas temporárias.