O ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu, nessa quinta-feira (4), pela recondução de
Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A
determinação acata pedido do PCdoB, que ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI), após a Justiça do Rio de Janeiro afastar Rodrigues do cargo e nomear um
interventor.
A decisão do magistrado acompanha
orientações enviadas a ele pela Advocacia-Geral da União (AGU)
e Procuradoria-Geral da República (PGR), que recomendaram uma liminar para
suspender as determinações da Justiça fluminense de 7 de dezembro, que
afastaram o cartola do comando da CBF, após suspeita de irregularidade na
eleição que o levou à presidência.
O PCdoB ajuizou a ADI em 22 de
dezembro e, na última terça-feira, 2, fez nova petição, argumentando que o
afastamento do presidente e do secretário-geral da confederação pode
inviabilizar a inscrição da Seleção Brasileira no Torneio Pré-Olímpico e, consequentemente,
sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Gilmar Mendes considerou a
possibilidade de sanções da Fifa e Conmebol à CBF devido às intervenções
políticas no comando da confederação. Segundo a decisão, tais punições poderiam
trazer prejuízos de ordem econômica e esportiva às seleções nacionais.
Ednaldo Rodrigues é tido por
dirigentes e jornalistas especialistas do futebol brasileiro como incompetente
para comandar a entidade responsável pelas seleções masculina e feminina.
Em 2023, ele divulgou à imprensa que
teria firmado acordo com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, para assumir a
direção técnica da seleção brasileira, o que mais tarde não foi confirmado pelo
italiano.