Uma mulher de 33 anos denunciou
ter sido estuprada por 12 homens, sendo 11 deles policiais militares, durante
uma festa em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ao G1, ela contou, na
quinta-feira (1º), que o grupo fez uma "fila" para praticar os abusos
após ela ser "dopada".
Segundo a vítima, o estupro
ocorreu durante uma festa em uma casa alugada por um grupo de policiais
militares no bairro Balneário Praia do Pernambuco. A PM informou ter instaurado
uma sindicância para apurar a participação de agentes no crime.
A mulher disse ter sido convidada
junto com uma amiga para a festa, que tinha aproximadamente 20 pessoas, sendo a
maioria de homens. Ela acredita ter sido "dopada" enquanto ingeria
bebidas alcoólicas no local.
A vítima afirmou que,
inicialmente, teve relação consensual com um dos integrantes da festa em um
quarto no imóvel e que, depois, “apagou” e os demais se "organizaram"
para estuprá-la.
"Me senti usada", disse
ela. "Eles fizeram uma 'fila'' e eu conseguia ouvir algumas coisas.
Diziam: 'Vai logo! Deixa que é a minha vez'", lembrou.
Ainda na casa alugada, a vítima
só acordou no dia seguinte. Segundo a mulher, no primeiro contato que fez com a
amiga após o ocorrido, ela disse não saber nada sobre o estupro. A amiga teria
dito, inclusive, que achou que as "relações" haviam sido consensuais.
"Ela me disse: 'Você estava
em um quarto com vários caras. Safadinha, hein'. E eu respondi que não, que na
verdade eu nem sabia o que estava acontecendo. Foi quando ela começou a ficar
preocupada", disse a vítima.
Os detalhes sobre o estupro, além
dos que ela se recorda, foram contados por um amigo que também estava na festa
e disse ter sido o responsável por "interromper" os abusos.
Ele teria dito à vítima que
entrou no quarto e conversou com os demais sobre o crime. Ela, no entanto,
acredita que ele - o único que não faz parte da PM - também participou do ato.
A Secretaria de Segurança Pública
do estado de São Paulo (SSP-SP) informou, em nota, que a Polícia Civil
investiga a denúncia da mulher como um caso de "estupro de
vulnerável".
Segundo a SSP-SP, foi requisitado
exame sexológico e médico para a vítima. O caso foi registrado por ela na 1ª
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da capital paulista e encaminhado para a
DDM de Guarujá, que segue com as investigações.
"Diante da gravidade da
denúncia, a Polícia Militar informa que instaurou uma sindicância para apurar a
participação de policiais militares no crime", complementou a SSP.