O abuso
de drogas ilícitas sempre anda inevitavelmente de mãos dadas com tragédias.
Todo dia, a toda hora, usuários caem nas armadilhas do vício, as vezes perdendo
a própria vida, outras levando a morte para desconhecidos e até para seus
entes.
E mais
um caso capaz de ilustrar em preto e branco essa realidade do submundo
aconteceu nessa quinta-feira (30), em Araçatuba (SP), a partir do encontro de
um bebê, de apenas oito meses de vida, abandonado em plena praça Rui Barbosa, a
mais conhecida e movimentada da cidade.
Por um
daqueles lances de misericórdia do destino, a criança foi encontrada por dois
bons samaritanos, que deram ao fato o desfecho merecido, levando-a para as
autoridades, que tomaram as providências devidas.
O bebê foi encontrado primeiramente por uma
mulher, por volta das 18h, abandonado dentro do seu carrinho, sem nenhum
responsável por perto. Não se sabe por quanto tempo a criança ficou à mercê do
destino, porque, soube-se mais tarde pela mãe, o pai havia saído para “passear”
com o filho ainda pela manhã.
A mesma
mulher que percebeu o abandono pediu ajuda para um casal e informou que o pai
da criança havia saído para “consumir droga”. Marido e esposa aguardaram um
tempo e vendo que ninguém vinha reclamar a responsabilidade pelo bebê, levaram-no
para a delegacia de polícia mais perto.
O
Conselho Tutelar foi acionado, assim como uma equipe do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu), que fez uma avaliação no estado geral da criança e
não verificou sinais de violência.
O caso
teve seu desfecho por outro acaso do destino. Uma equipe da Polícia Militar,
patrulhando no bairro Pinheiros, foi chamada por uma mulher, desesperada porque
o marido chegou em casa por volta das 21h, depois de ter passada o dia todo
fora, sem o filho - o mesmo que às 18h foi encontrado abandonado na praça Rui
Barbosa.
A equipe
saiu patrulhando as imediações e já na rua Fundadores encontrou um homem com as
mesmas características detalhadas pela mulher. Era o pai. Ainda sem ter
conhecimento de que um bebê havia sido encontrado na praça, os militares conversaram
com o homem, que informou que estava indo dar queixa do rapto do filho, o qual
teria sido praticado por um “conhecido”.
Na
delegacia tudo ficou esclarecido para os PMs e, acertadamente, a autoridade policial
decidiu manter o pai irresponsável detido, acusando-o de abandono de incapaz,
crime que prevê até três anos de prisão em regime fechado, podendo ter a pena
aumentada em se tratando do próprio filho.
O caso
foi encaminhado para o Conselho Tutelar, que tomará as providências previstas
pela lei. (com informações do Hojemais Araçatuba)
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