O criminoso em série José Antônio
Miranda da Silva, 51, foi condenado nessa quinta-feira (13), a 337 anos de
prisão pela acusação de dois homicídios consumados, sete assassinatos tentados,
sete estupros e cinco roubos, que ocorreram entre 2018 e 2020.
A condenação foi decidida pelo
Tribunal do Júri de São José do Rio Preto e a sentença foi proferida logo em
seguida.
José Antônio ficou conhecido nos
anos 1990 como “maníaco do Corcel”, porque, na época, usava um Ford Corcel para
abordar as suas vítimas, todas mulheres que, segundo as investigações, estavam
em extrema vulnerabilidade social (alcoolismo, drogas e em situação de rua).
Durante o julgamento, ele assumiu
ter matado uma mulher em uma discussão por drogas. Os outros crimes, ele negou.
No total, a Polícia Civil de Rio Preto cita ao menos 17 mulheres como vítimas
identificadas – os processos tramitam em Rio Preto e outras cidades da região.
O advogado do condenado, Emerson
Bertolini Andrade, afirmou ao jornal O Estado de São Paulo (Estadão) que
entrará com recurso junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para
tentar diminuir a pena. Ele afirmou também que irá citar no recurso “falhas
processuais”.
José Antônio já havia cumprido 20 anos de prisão, entre 1997 e 2017, por ter estuprado e matado três mulheres. Em outubro de 2022, ele foi julgado e condenado a 35 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Monte Aprazível (SP) por estuprar e matar outras duas mulheres. Desde então, ele está no sistema prisional brasileiro.
Embora a sentença do “maníaco do
Corcel” tenha sido de 337 anos de prisão, a legislação brasileira não permite o
cumprimento de penas de privação de liberdade por um período acima de 40 anos.
Postar um comentário