A Secretaria
de Estado da Saúde de São Paulo está disponibilizando, a partir desta
sexta-feira (3), 2 mil ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento de
pacientes com intoxicação por metanol.
Além desse
reforço, já havia 500 unidades em estoque nos serviços de referência do Estado,
assegurando a manutenção de uma reserva adequada para atender necessidades
assistenciais.
O álcool
etílico absoluto distribuído pelo governo estadual possui 99% de pureza e a sua
administração é recomendada no período inicial da intoxicação por metanol,
impedindo que ele seja convertido em ácido fórmico, que causa danos gravíssimos
para o organismo humano.
“As primeiras
horas após a ingestão de bebida alcoólica contaminada são decisivas para salvar
vidas e o Estado de São Paulo está preparado com estoque do antídoto contra
intoxicação por metanol”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Eleuses
Paiva.
A aquisição é
destinada aos centros de referência estaduais: Hospital das Clínicas de
Campinas, de Ribeirão Preto e de São Paulo. Conforme nota técnica do Centro de
Vigilância Epidemiológica de São Paulo, compartilhada com os 645 municípios e
equipamentos de saúde, para obtenção de ampolas de álcool etílico absoluto, os
serviços de saúde devem entrar em contato com os centros de referência com
cópia da ficha de notificação do caso relacionado ao consumo de metanol.
Além do
antídoto, a rede estadual reforçou a estrutura laboratorial para confirmar a
presença da substância no organismo. O novo protocolo do Estado prevê que as
amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em
até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (LATOF) do
Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, por
meio de cromatografia gasosa, método considerado padrão ouro para detecção de
metanol. A coleta é feita nas unidades de saúde e o Instituto Adolfo Lutz
coordena a logística de transporte das amostras até o laboratório.
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