O número de
brasileiros diagnosticados com diabetes já ultrapassa a marca dos 20 milhões,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A doença, que
pode provocar uma série de complicações quando não controlada adequadamente,
tem sido uma das principais causas de amputações no país: 50 cirurgias desse
tipo são realizadas por dia no Brasil, de acordo com dados do Ministério da
Saúde.
Grande parte
desses casos está associada a uma condição conhecida como pé diabético.
Estimativas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) apontam que cerca de 13
milhões de pessoas com diabetes convivem com esse problema, que pode evoluir
para infecções, feridas de difícil cicatrização e, em casos extremos, à
necessidade de amputação.
O pé diabético
é uma complicação que afeta tanto quem tem diabetes tipo 1 quanto tipo 2. Ele
resulta da combinação entre a falta de sensibilidade nos pés (neuropatia
diabética) e problemas de circulação, o que dificulta a percepção de machucados
e atrasa a cicatrização. Pequenas lesões podem se transformar rapidamente em
quadros graves quando não tratados com a devida atenção.
“O paciente muitas vezes não percebe os ferimentos nos pés, pois perde a sensibilidade ao longo do tempo. Por isso, o cuidado deve ser constante. A prevenção e o acompanhamento especializado são fundamentais para evitar que uma simples bolha evolua para algo mais sério”, alerta Andrea Medeiros, coordenadora de podologia da All Pé, rede especializada em cuidados com os pés.
Prevenção começa pelo olhar diário
A boa notícia
é que, com os cuidados certos, é possível evitar a maioria dessas complicações.
Segundo Andrea, a rotina de cuidados deve incluir:
ü Inspeção diária dos pés, mesmo que não haja
dor;
ü Higiene adequada e hidratação da pele, para
evitar rachaduras;
ü Corte correto das unhas, sem arredondar os
cantos para evitar encravamentos;
ü Uso de calçados apropriados, sem costuras
internas ou apertos que possam machucar;
ü Evitar andar descalço, inclusive dentro de
casa;
ü Acompanhamento regular com médicos e podólogos
especializados.
“Quando
falamos em diabetes, cada detalhe importa. O paciente precisa observar os
próprios pés todos os dias e procurar ajuda médica aos primeiros sinais de
alteração. Isso pode evitar internações, infecções e até salvar vidas”, reforça
Andrea.

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