Uma
mulher de 37 anos, moradora em São José do Rio Preto, foi parar no hospital
depois de ser violentamente espancada pelo marido, que tem 27 anos, com
chicotadas de fio elétrico, tapas, garrafadas e chutes.
O
resultado da agressão: hematomas bastante escuros por todo o corpo,
principalmente no rosto e pescoço, e costelas quebradas.
A sessão de espancamento durou horas. A mulher passou praticamente todo o domingo (11), Dia das Mães, e a madrugada de segunda-feira, apanhando. E naquele dia, a mãe de quatro filhos tinha acabado de receber alta do hospital, onde permaneceu internada por 10 dias, tratando feridas causadas por outro espancamento do marido, ocorrido no dia 30 de abril, informa o G1 Rio Preto/Araçatuba.
"Tenho muito medo de morrer, estou no meu limite. Pedi ajuda para minha mãe, porque eu não consigo sair (da casa onde mora com o marido espancador e quatro filhos). Não mereço esse tipo de coisa, apanhar o tempo todo. Não sou esse tipo de pessoa. Minha vida é uma tortura", lamenta a vítima.
Ela está
morando com o agressor há dois anos e desde 2024, ele vem apresentando
alterações no comportamento, por abusar do uso de entorpecentes. “Quando usa
droga, ele fica transtornado e começa a me agredir”, conta.
A mulher já
foi acolhida na Casa Abrigo, local voltado para vítimas de violência doméstica,
em Rio Preto, mas voltou a se relacionar com ele, sob a promessa de que “seria
diferente”. Mas com o decorrer das semanas, ela percebeu que caíra numa
armadilha.
Dominador, o homem proibiu a mulher de usar aparelho celular e redes sociais, para ela não ter contato algum com amigos e amigas. “Ele me manda pegar coisas, começa a contar até três. Diz que vou apanhar se não pegar. Tenho que ficar obedecendo ele”, lamenta a mulher.
Medida protetiva
A delegada da
Defesa da Mulher de Rio Preto, Dalice Ceron, afirmou que vai determinar que uma
equipe de policiais acompanhe a vítima assim que ela tiver alta do hospital.
A medida é uma
forma de evitar que a mulher sofra um novo ataque do agressor. A delegada
também informou que vai oferecer à vítima a medida protetiva. “A índole desse
moço demonstra alto grau de risco para a vítima”, afirmou.
Segundo
Dalice, a Secretaria Estadual da Mulher avalia a proteção à vítima. “O ideal é
uma força-tarefa para amparar essa vítima”, disse. O agressor está sendo procurado pela polícia.
COMO PEDIR AJUDA
Se
você sofre, ou conhece alguém que esteja sendo vítima de violência doméstica,
peça ajuda pelos telefones 180
(Central de Atendimento à Mulher), ou em caso de emergência, 190 (Polícia Militar).
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