O
uso de metanol para higienizar garrafas vazias para serem cheias em seguida
pode ter sido a causa da contaminação de diversos lotes de destilados
fabricados clandestinamente no estado de São Paulo.
Essa é a principal linha de investigação que está norteando a Polícia Civil para tentar descobrir onde e quem está fabricando, envazando e distribuindo as bebidas contaminadas que, só em SP, já teriam causado a morte de seis pessoas e levado à internação outras 53.
Gabinete de crise e fiscalizações
O Governo de
São Paulo segue mobilizado nas investigações e medidas de precaução após os
casos de contaminação por metanol relacionados a bebidas falsificadas. Um
gabinete de crise foi instaurado na terça-feira (30) para intensificar as
ações.
No total, mais
de mil garrafas foram apreendidas para análise nas operações desta semana.
Nesta quinta (2), 1,8 mil lacres falsos foram apreendidos na capital e 162
garrafas de uísque e rótulos falsificados foram apreendidos em Dobrada, em
Araraquara.
Além disso,
foram localizadas 17,7 mil unidades em uma fábrica clandestina em Americana na
terça-feira (30). Em Barueri, um lote de 128 mil garrafas foi lacrado nesta
quarta-feira (1) por ausência de documentação. Somente em 2024, mais de 50 mil
garrafas já haviam sido recolhidas pela polícia em ações de combate à
falsificação de bebidas alcoólicas.
Numa das
interdições nessa quinta (2), em M’Boi Mirim, houve a apreensão de seis caixas
(60 garrafas) de vodka do mesmo lote apreendido na distribuidora de Barueri na
quarta (1). Além disso, foram encontradas caixas abertas, rotulagem errada, e
no espaço havia roedores, baratas, alimentos e água de coco vencidos e carne
sem controle de temperatura.
O Governo de
São Paulo anunciou as medidas a serem tomadas para tratar da intoxicação por
metanol. Entre elas estão interdição cautelar de estabelecimentos,
disponibilização de mecanismos rápidos de denúncia, estruturação de atendimento
em toda a rede de saúde e intensificação das investigações da Polícia Civil e
Secretaria da Fazenda.
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